Ascaris lumbricoides no resultado do exame parasitológico de fezes – Tratamento recomendado pela SVS.



Algumas vezes recebemos do laboratório resultado de exame parasitológico de fezes positivo para Ascaris lumbricoides, um helminto que geralmente não causa sintomas aparentes, mas pode apresentar um pouco de dor de barriga diarréia e náusea. O médico solicita o exame parasitológico quando suspeita que possa ter algum parasita intestinal, o Ascaris é um deles. O laboratório realiza o exame de fezes para diagnosticar a doença ascaridíase. Veja também a recomendação da SVS sobre medicamentos para tratamento.

A transmissão do ascaris ocorre pela ingestão de ovos infectantes deste parasita que tenham contaminado alimentos ou água.

Para esclarecer se alguma pessoa tem o parasita é necessário fazer o exame de fezes.

As fezes devem ser coletadas, de preferência pela manhã, e colocada em um pote próprio para coleta e anotar o nome da pessoa neste frasco, depois leve até o laboratório.

Lavar as mão antes das refeições e uso de calçados são as principais recomendações para evitar contaminação.

Geralmente o laboratório entrega o resultado do exame no dia seguinte a entrega do material. O laudo varia de uma região para outra, mas pode apresentar como:

(Negativo), (Positivo) ou (Positivo para Ascaris lumbricoides), e a quantidade de ovos que foi vista no microscópio será expressa em cruzes (+, ++, +++, ++++), se foi raros, uma cruz, ou se foi visto grande quantidade quatro cruzes. Ou ainda – Infestação maciça por Ascaris lumbricoises.

Pode ser encontrado nas fezes, o “verme” ou os seus ovos, mas geralmente encontramos os ovos.

O quadro clínico não é suficiente para esclarecer com certeza absoluta de que se trata de Ascaridíase, o exame de fezes é fundamental para confirmar o diagnóstico.

Se o resultado de exame de fezes deu foi entamoeba, então click neste link para ler sobre ela.

Sobre os medicamentos que devem ser usados para tratamento, o Guia de doenças infeciosas e parasitárias do Min. da Saúde e Sec. de Vigilância em Saúde (sec. Epidemiológica).

Recomenda uso de - Albendazol (ovocida, larvicida e vermicida), 400mg/dia, em dose única para adultos; em crianças, 10mg/kg, dose única; Mebendazol, 100mg, 2 vezes ao dia, durante 3 dias consecutivos. Lembrando que não é recomendado para gestantes. Essa dose independe do peso corporal e da idade.

Levamizol, 150mg, VO, em dose única para adultos; crianças abaixo de 8 anos, 40mg; acima de 8 anos, 80mg, também em dose única. Tratamento da obstrução intestinal: Piperazina, 100mg/kg/dia + óleo mineral, 40 a 60ml/dia + antiespasmódicos + hidratação. Nesse caso, estão indicados sonda nasogástrica e jejum + Mebendazol, 200mg ao dia, dividido em 2 tomadas, por 3 dias.

Lavar as mão antes das refeições e uso de calçados são as principais recomendações para evitar contaminação.


(Via plugbr)

Teste de urina pode ajudar a prever risco de câncer de próstata evitando biópsia desnecessária


Pesquisadores desenvolveram um novo teste de urina que pode ajudar os médicos a determinar com mais precisão se os homens correm um risco de câncer de próstata real, o teste será complementar ao já conhecido PSA, quando este estiver com níveis aumentados. Colaboraria com os médicos para decidir se seria o momento de obter uma amostra de biópsia agora ou retardar essa decisão.

O novo teste detecta a presença de genes específicos presentes na maioria dos casos de câncer de próstata, a partir desta informação é possível inserir o paciente em categorias de risco, baixa, intermediária e alta, favorecendo a tomada de decisão.

Em 2005 foi identificado duas alterações genéticas específicas que ocorriam em mais de 50% dos casos de câncer de próstata, designados como TMPRSS2-ERG, com esta descoberta partiram para a formulação de um teste. Como apenas 50% das alterações eram identificadas, ainda pouco, incluíram na prova outro marcador tumoral, este encontrado em 95% dos tumores de próstata, o antígeno-3 (PCA-3), melhorando substancialmente o poder de análise do teste.

O exame de sangue mais utilizado hoje em dia é o PSA, que frequentemente enfrenta controvérsias quanto a seu uso e aplicação. Neste texto escrevi “Toque retal e PSA podem ser desnecessários para exame da próstata diz INCA” versão mudada posteriormente por outros representantes do órgão, podemos ver que a dúvida existe. O próprio National Cancer Institute, não tem confiança na capacidade de salvar vidas a partir do rastreio feito por este exame.

O teste de PSA pode detectar cânceres de pequeno porte que nunca se tornaria uma ameaça à vida. Esta situação, chamada over-diagnóstico, coloca os homens em risco de complicações em tratamentos desnecessários.

Este tipo de Câncer tem uma particularidade, mesmo sendo frequente em homens acima de 50 anos, grande parte não se desenvolve, nunca causariam problemas de saúde ao paciente, nos casos que são descobertos, os pacientes são tratados, passam por sérios transtornos, pois os procedimentos são agressivos e comprometem muitas funções fisiológicas (causa impotência sexual), psicológicas, além de outras intercorrências, em muitos casos este câncer, nem iria se desenvolver. Portanto, apenas o PSA não tem conseguido ser o exame ideal para esclarecer a grande maioria dos casos de câncer de próstata, o novo teste na urina pode ser o complemento necessário para um bom apoio diagnóstico para esta patologia.

Num ensaio clínico de 1.312 participantes, pesquisadores usaram os resultados do teste de urina para classificar os homens em baixo, grupos de risco intermediário ou alto. Após a realização de biópsias, o câncer foi encontrado em 21% do grupo de baixo risco, 43% do grupo intermediário e 69% do grupo de alto risco.

Atualmente, os pesquisadores estão recomendando que este tipo de teste poderia ser utilizado depois de um PSA alterado para determinar melhor quais homens devem ser submetidos a uma biópsia, exame invasivo, traumático para os pacientes.

Este teste de urina para câncer de próstata ainda está em desenvolvimento e são necessárias mais pesquisas para determinar o benefício exato dos testes.

A empresa Gen-probe trabalha no desenvolvimento de um kit para uso laboratorial, em breve devem disponibilizar os primeiros testes para avaliação de mercado e observar resultados em um número maior de indivíduos.

O estudo foi publicado na edição de 03 de agosto da revista Science Translational Medicine.